Confissões da Chiih

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Delírios da Chiih:
Sobre Princípes, Princesas e Dragões:

Parte I

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N/A: Conto inspirado num texto escrito pelo Rafael, do Portão enferrujado. Seria bom lê-lo e para entender mais ou menos esse conto. Aproveita e comenta lá, seu dedinho não vai cair, eu prometo... Bem como não vai cair se comentar aqui.
> http://messedgate.blogspot.com/2011/01/torre-mais-alta.html <

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Conta-se que tudo começou numa tarde de outono, a floresta estava calma, o sol estava preparando-se para seu descanso e a lua cheia já dava seus sinais por ali. Percorrendo um pequeno caminho entre a floresta estava um nobre cavaleiro e seu cavalo, pareciam cansados devido às últimas batalhas, talvez procurassem um local para descansar.

O jovem cavaleiro parecia perdido em longínquos pensamentos, quase não pode perceber o sinal que o cavalo fizera com a cabeça, com um meio relincho, parecendo apontar para algo mais a frente, assim que ele pode colocar os pensamentos em ordem prestou atenção na visão que tinha ao longe... No final de uma clareira começava o que parecia ser um grande morro e esculpido nesse havia uma caverna: “Era o que eu precisava para descansar” foi o que ele pensou, sem se importar tanto com que animais poderiam habitar tal caverna.

O cavalo pareceu se animar ao jovem pedir para que continuasse indo em direção a caverna, logo ambos puderam perceber que ela grande o suficiente, apesar do seu interior escuro, estava sob medida para ambos os companheiros de longa jornada, mas eles não esperavam pela grande surpresa...

Assim que a caverna ficou próxima o suficiente o cavaleiro desceu do cavalo e passou caminhando com um pouco de curiosidade até a caverna, quando faltavam poucos metros para chegar poder finalmente adentrar nela foram surpreendidos com um alto rugido e logo após uma intensa chama de tom azulado sair da caverna em direção deles, era um dragão.

Eles recuaram alguns passos tentando evitar as chamas, enquanto o cavaleiro tentava observar melhor tal dragão, devia ter mais ou menos 30 centímetros, o rosto de aparência felina, as escamas de um azul intenso, contrastando com os olhos de um vermelho poderoso, as pequenas asas parecendo frágeis, bem como todo o dragão, parecendo um gatinho acuado que gostava de arranjar brigas para tentar proteger o seu território. Surpreso ele percebia que tal situação chegava a ser engraçada. Dragões guardavam princesas em seus castelos, quanto maiores e mais fortes, mais difícil de resgatar a princesa, maior era o desafio, então, aquilo era realmente real?

Uma caverna era o castelo de uma princesa? Aquele chegava ser um real dragão? “Deve ser ‘aquele’ tipo de princesa” ele se flagrou pensando, enquanto dava mais um passo para traz, agora decidido a deixar o dragão em paz, foi quanto tudo ficou sem sentido.

 Dentre as chamas ainda constantes surgiu um imponente cajado bruxo, apontado para a direção do cavaleiro desafiadoramente e completamente perdido com aquilo, ouviu a voz feminina mais estranha de sua vida.

 - O que desejas nobre Cavaleiro? – Era uma voz até que suave, mas lembrava vagamente um miado.

 - Procuro apenas um local para descansar da viagem. – Ele ainda perplexo respondeu sinceramente.

 - E o que o traz para essa região? Não há nada que possa atrair um cavaleiro, entre a floresta e o rio... – Ela pareceu duvidar da resposta, as chamas diminuindo, mas ainda constantes, impedindo do cavaleiro vê-la melhor.

 - Nada em especial. – Ele respondeu vagamente, pensando seriamente em desistir de sua curiosidade, já que não valeria a pena e seguir procurando um lugar melhor. – Mas acredito que devo não importuná-la mais.

 - Se buscas um local seguro para descansar, aviso-o, não encontraras tão cedo... – Ela pareceu divagar, abaixando o cajado e apoiando-o no chão. – A floresta pode ser um bom local para passear durante o dia, mas a noite... Tudo ganha vida e ela não gosta de visitantes...

 Ela achava que aquilo ia amedrontá-lo? Que ele ia ser convencido tão facilmente a entrar para derrotar aquele... dragãozinho?

 - Não tenho medo. – Respondeu apenas, já se virando de costas, até que ouviu a risada.

 - Então boa sorte, corajoso cavaleiro e não diga que eu não avisei. – As chamas cessaram e ele pode ver o contorno da garota, piscou duas vezes pra confirmar que ela tinha mesmo orelhas de gato, uma cauda negra e cabelos azuis esverdeados, tinha um rosto sereno, uma aparência não tão chamativa, apesar da cauda e do cabelo, mas ainda assim bonita. Pode ver claramente que o dragão repousou sobre o ombro dela e ela fez menção de voltar para a escuridão de sua caverna.

 - Espere. – Ele agiu por puro impulso enquanto voltava a encarar a caverna e a garota. – Disseste isso apenas para me avisar? – Ele então observou a expressão pensativa dela.

 - É meu trabalho. – Disse ela por fim. – Nem todos conhecem a verdadeira face da floresta. – Ela pareceu suspirar. – Se desejas um local realmente seguro, onde possa descansar, poderás entrar cavaleiro, mas deverás jurar por sua honra que ficarás aqui por apenas uma noite e que sob hipótese alguma tentará confrontar Nyark. – Ela apontou simplesmente para o dragão.

A idéia pareceu atraí-lo por alguns instantes, não tinha nada a perder e não estava realmente interessado em derrotar tal dragão de nome tão estranho.

 - Estou cansado da viagem, então, acho que aceito a proposta. – Ele pareceu divagar.

 - Aceita o juramento, por sua honra? – Os olhos dela pareceram faiscar desafiantes.

 - Aceito. – Disse ele apenas.

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=3
Não sei se ficou realmente bom, mas eu tentei?
Parte II, algum dia, quem sabe?

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