segunda-feira, 27 de junho de 2011


















Faz tempo que eu não escrevo nadinha aqui, não?
Pois bem... Hora de escrever, sei que não estou com meu ânimo lá nas alturas para fazer isso, mas... Tentar vale a pena, não?
Com todo meu esforço! Lá vai \õ/




Você andou perdido por tanto tempo naquela longa e infinita estrada... Nem sabia se um dia iria chegar onde realmente queria, apenas continuava, caminhando pela reta sem fim, fazendo com cuidado as curvas. As temidas curvas... sabia muito bem que elas guardavam surpresas... Surpresas ruins... Mas após tudo que já havia enfrentado naquela estrada tudo ainda continuava sem sentido...

Onde queria chegar mesmo?

Você não vê mais graça naquela paisagem, conhece-a tão bem que poderia descrevê-la com perfeição, já que nunca mudou em todos os anos que estivera ali. Quando pensava ver algo diferente, era só prestar atenção, era apenas um truque da própria mente cansada...
Mas mesmo cansada a mente não deixava de questionar e ultimamente era o que mais fazia.

Por quê? Por que continuar a caminhar?

Para todas as perguntas, as respostas eram o silêncio, algumas vezes o sussurro leve do vento, mas só quando esse dava o ar da graça. Às vezes sentia que não havia sentido nenhum no que fazia, mas seus pés continuavam por si mesmos, muitas vezes impulsionados pelo vento, que quando queria empurrava-o para frente, obrigando-o a continuar...

Existem outras pessoas? Será que elas sabem onde essa estrada vai chegar?

Você muitas vezes teve vontade de parar, sentar no meio da estrada e ignorar o âmago dos seus pés de continuar, apenas ficar ali e esperar a brisa passar, mas aquele sentimento empurrava-o junto com os pés. Mesmo que se revoltasse após as perguntas infinitas que sua mente fazia desacreditando a estrada, os passos e aquela “vida”.

Vida”? O que significa essa palavra mesmo?

Percebia a estrada, a paisagem, o céu e o infinito muitas vezes serem atingidos pela leve escuridão, em alguns momentos aumentando a intensidade, trazendo um pouco de pavor para sua alma, tão inocente. Mas era assim que enfrentava os medos e ficava preparado para as temidas curvas... Enfrentava o medo da escuridão como enfrentava as curvas.

Por que isso não muda nunca? Por que não posso mudar isso? Continuar e continuar...

Suspiro, mais alguns passos cansados, demorados, mas ainda assim contínuos... Vagarosamente ia avançando, mas por mais que insistisse não encontrava um real fim... Na verdade, tirando as terríveis curvas, a estrada parecia não querer terminar, como se estivesse brigando com você em quem era mais persistente, em quem iria desistir primeiro...

Isso vai acabar? O que eu realmente fiz até agora além de apenas continuar?

O medo invadiu os seus ossos, aquela velha sensação de que algo estava por vir... “Deve ser uma curva.” Pensou certamente, nada nunca mudava naquela estrada... Mesmo que pensasse naquilo havia no fundo uma pontinha de esperança de que algo diferente ia surgir, de que um outro caminho iria se revelar... Mas mesmo isso parecia trazer um pouco de pavor para as próprias idéias.

Eu realmente quero mudar?

Aquela pergunta ressoou na cabeça, enquanto olha os próprios pés na luta de sua caminhada infinita. O medo pareceu aumentar e quando voltou a olhar a estrada, lá estava ela:

A temida curva.

Bateu os pés de leve na estrada, criando um pouco de coragem. Mais uma curva... Mais uma curva! Suspirou e pensou se deveria enfrentá-la. “Lógico que deve.” Responderam os pés... E com um leve impulso do vento começou a pequena “jornada” pela curva.

Será que dessa vez e vou conseguir?

Estranhou, era a curva mais fácil que fizera até agora... Nenhum problema, nenhum desafio, nada... Olhou ao redor para comprovar que era aquilo mesmo e não viu sinal de mudança na velha e “companheira” estrada... Até que no final da curva, mais a frente pelo caminho viu o majestoso, mas horripilante monstro.

É isso? Percorri isso tudo para chegar até UM DRAGÃO!

Parou instantaneamente, o dragão elevou os olhos incandescentes e encarou-o. “Por que continuas sem desistir desse caminho, criança?” Perguntou o dragão gentilmente. Tudo ficou sem sentido naquele instante, gaguejou um pouco, no início, mas conseguiu responder: “Realmente não sei lhe dizer um motivo... Se souber, poderia solucionar essa dúvida?”
O dragão pareceu sorrir, mostrando os mortais dentes que possuía. “Criança... Podes muito bem responder por si próprio... Só não consegue ouvir a resposta... OU não quer ouvir a resposta...”

Após anos nesse mesmo caminho como, como não posso conseguir, ou não querer saber a resposta que mais me atormenta?

Pareceu enfurecer-se, andar até o majestoso dragão e encará-lo melhor, focinho x nariz. “Como não poderia fazê-lo? É o que...” Tentou falar, mas fora interrompido pelo bufo do dragão, podendo sentir o cheiro forte de enxofre. “Criança tola! Não percebes?! A resposta está em seu interior... No que você apelidou de coração. Basta você e apenas você escutá-lo.”

Escutar meu coração? Esse dragão, ou seja lá o que for, só deve estar brincando!

“Espero que entenda... Adeus criança...” E dizendo isso com um leve movimento das poderosas asas vermelho sangue elevou-se aos céus e ganhou distância desaparecendo de vista...

Resta você e apenas você continuar a história e responder:

 - Ignorar e apenas continuar?
 - Ou tentar ouvir a resposta?

Nada lhe garante que ouvindo a resposta que seu coração vai dar algo irá mudar... Nada lhe impede de apenas continuar e quando estiver realmente cansado ouça o que seu coração tem a dizer...

 É sua escolha, é sua busca...



N/A: Hm... Pois é... Eu tentei...
Espero que tenham gostado e perdoem os errinhos... >P<

=*
Printfull Rulles.

2 comentários:

Rafael disse...

Mi.
Faz sentido. A gente sabe pra onde está indo, só não reconhece, às vezes...

Ficou legal sim, zé.
=D

EnmaBR disse...

Escutar o coração às vezes é difícil, se nos preocuparmos com algo além de nós piora tudo. Sentimentos e razão nem sempre concordam e nem sempre um fala mais alto que o outro, daí fica sempre aquela dúvida.

Ai ai, odeio o frio. xD